25.7.11

QUEM TEM PRESSA COME TORTA FRITADA DE VAGEM





















Quando tenho falta de idéia do que cozinhar, dou um pulo até a geladeira para ver se dali sai alguma inspiração. Pois foi alí olhando umas vagens manteiga que surgiu a vontade de comer uma fritada. A origem desse prato me parece que é do México ou de algum país vizinho, cuja a base é ovos, vegetais ou até uma proteína - tornando assim um prato completo. Digamos assim que é um omeletão enformado. Há tempos tinha uma receita reservada no meu arquivo e mais parecia que se não fosse aquela hora não ia ser nunca mais. É uma receita muito prática para um lanche de sábado ou domingo à noite acompanhado de salada verde e um tomate assado. O toque final dessa receita ficou por conta da camada crispy de farofa de pão ciabata ou pão francês amanhecido. Servi em casa aquecida no fornimho, mas a fritada pode ser servida também em temperatura ambiente que fica muito bom. A receita original era pequena para quatro pessoas então dei uma adaptada para atender até 8 pessoas, se for servido outros pratos na refeição. Pela foto dá para imaginar o quanto é apetitosa.

TORTA FRITADA DE VAGEM
Rende de 6 a 8 porções

Ingredientes
600 g de vagem
1 colher de chá de sal
2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 dente médio de alho ralado
1 cebola roxa cortada em tiras finas
5 gemas
10 claras
150 g de queijo parmesão ralado
1/4 xícara de leite
pimenta do reino moída na hora
1 xícara de farinha rústica de pão ciabata ou pão francês (opcional, mas que dá uma crocância deliciosa)
Utensílio necessário
Forma redonda de 25 cm de diâmetro + forma maior para assar no banho maria
Papel de alumínio
Modo de preparo
Cozinhar a vagem no vapor, dar um choque término com água e gelo e depois cortar em tiras de 2 cm, na diagonal. Reservar.
Na frigideira, deixar murchar as cebolas no azeite e colocar o alho. Retirar do fogo, juntar a vagem e reservar.
Enquanto isso fazer a base de ovos, batendo as claras com as gemas, depois juntar o queijo, o leite, sal e a pimenta.
Misturar a base de ovos com as vagens e a cebola;
Aquecer o forno a 180 graus com uma assadeira com água para o banho maria;
Revestir a forma de assar com papel de alumínio e untar com manteiga;
Preencher com o recheio e levar ao forno para assar em banho maria por 30 a 40 minutos ou até que enfiando um espeto no meio dela, ele saia seco;
Retirar do forno, deixar esfriar, depois desenformar num prato, cobrir a superfície da torta com a farinha de pão e colocar no forno novamente para dourar a farinha. Servir acompanhada de um mix de folhas verdes e ½ tomate grelhado. É ideal para um lanche de sábado ou domingo à noite. Quanto a farinha rústica de ciabata, você deve prepará-la com três dias de antecedência deixando secar o pão sem miolo e depois triturando no modo pulsar no liquidificador, mas se não tiver tempo experimente o pão francês amanhecido, mas antes retire o miolo dele.

  • a foto, com certeza não é minha

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14.7.11

AS RECEITAS NÃO PUBLICADAS PELA NINA HORTA - VIRARAM PICOLÉ





No Blog da Nina Horta, ela deu a dica do recém lançado livro Paletas, sobre os picolés mexicanos que fazem parte da paisagem colorida mexicana, porém faltaram as deliciosas receitas que prometem fazer a alegria das crianças e marmanjos que gostam de cozinhar. Esses picolés são hiper populares nas ruas do México e meu filho, quando fazia intercâmbio por lá pegou a bacteria salmonella devido a água não tratada usada nesses sorvetes vendidos na rua. Problemas desse tipo à parte, eles, os mexicanos são muito criativos no que se refere à mistura de sabores como vemos nessa versão de tequila, cereja e creme azedo (só para maiores de 18 anos) ou com frutas, como o surpreendente picolé de torta de limão revestido em crosta de bolachas. Ainda segundo Nina, o que as paletas têm de diferente de nossos picolés são seus sabores; mais complexos e que eles adoram, como o doce-azedo, picante, com pedações de frutas ou sementes ou pimenta.
Alguns completamente cobertos de pimenta em pó!
Aqui vão as receitas não publicadas pela jornalista da Folha, Nina Horta, querida amiga de minha mãe que muito me marcou na vida como chefe do grupo de bandeirantes do distrito Alto de Pinheiros e cujos filhos e marido guardo com muito carinho.
Um beijo à todos eles.



Aqui foram usadas as formas convencionais de picolés, mas você pode improvisar usando pequenos copos de pinga ou de cocktail.
Depois de congelados retirar da forma e guardar num só tupperware no freezer, se preferir.



PICOLÉ DE CREME AZEDO, CEREJAS E TEQUILA
Receita de Fany Gerson, do livro Paletas

240g de cerejas sem caroços frescas ou congeladas
1/3 xícara de açúcar de confeiteiro
2 colheres de chá de suco de limão
2 colheres de sopa de tequila prata ou dourada
1 e 1/2 xícara de leite integral
1/2 xícara de açúcar cristal
1/4 de colher de chá de sal
1 favo de baunilha ou 1 colher de chá de extrato de baunilha
1 e 1/2 xícara de creme azedo

Ponha as cerejas numa panela anti-aderente com açúcar de confeiteiro e cozinhe em fogo médio, mexendo até a mistura começar a ferver ou até que o açúcar tenha se dissolvido.
Abaixar o fogo e adicionar o suco de limão.
Aquecer mexendo constantemente até que a calda tenha engrossado e tomado uma consistência de calda grossa, tipo um maple syrup.
Retirar do fogo, misturar a tequila e colocar na geladeira para resfriar.
Escorrer as cerejas e reservar.
Misturar o leite, o açúcar cristal e o sal numa panela pequena.
Se usar o favo de baunilha, fazer um corte no sentido do comprimento raspando as sementes na mistura e depois adicionar a fava.

Em fogo médio, mexer até dissolver o açúcar e a mistura começar a ferver.
Retirar do fogo, adicionar o creme azedo e bater com um batedor de arame até ficar macio. Se usar extrato de baunilha colocar nesse momento.
Deixar esfriar, retirar a fava de baunilha e colocar na geladeira para gelar.
Encher as forminhas até 3/4 com a mistura de creme azedo.
Congelar até a mistura começar a firmar - aproximadamente 30 minutos.
Dividir as cerejas escorridas entre as formas de picolé e completar com o restante da mistura de creme azedo.
Congelar até ficar duro.

Para fazer o creme azedo dessa receita misturar 1 e 1/2 colher de sopa de sumo de limão ao creme de leite e bater por 2 minutos no liquidificador.
Nessa receita de picolé de torta de limão, Fany Gerson coloca farofa de biscoito de maizena para formar uma crosta crocante transformando o simples picolé em algo surpreendente.
A tecnica dela é simples: só misturar, despejar, congelar e comer.
Mãos à massa,



PICOLÉ DE TORTA DE LIMÃO

Rende de 8 a 10 picolés, leva 15 minutos de preparação e 5 horas para congelar

Ingredientes

400g de leite condensado da lata
1 xícara de leite integral
3/4 de xícara de sumo de limão
2 colheres de chá de réstia de limão (equivalente a 1 limão grande)
pitada de sal
3 xícaras de biscoito de maizena ou biscoito Maria

Modo de fazer

Numa tigela grande misturar o leite condensado, o leite, o sumo de limão, as réstias de limão e o sal.
Despejar essa mistura nas forminhas para picolé e congelar por 5 horas.
Se tiver usando copos como forma, contar 1 e 1/2 hora no freezer para colocar os palitos dentro de cada um, depois disso levá-los de volta ao freezer para congelar por mais 4 a 5 horas.
Por fim, espalhar a farofa de bolacha num prato grande e cobrir cada picolé com essa farofa.
Servir imediatamente.
Surpreendente!

fotos do livro Paletas

8.7.11

ENTRE MINHOCAS E TATUS BOLA - HORTA DE ERVAS ORGÂNICA



Muitas vezes imagens valem muito mais que palavras.
É isso o que senti ao começar a escrever e selecionar as imagens registradas ontem (numa manhã fria) no viveiro de ervas orgânicas Sabor de Fazenda - Vila Maria, zona norte de São Paulo.
Confesso que minha preguiça era enorme de cruzar a cidade até chegar lá, mas não tive como recusar o simpático convite de Silvia Jeha, proprietária do viveiro que junto com sua irmã Sabrina recebiam dezenove crianças e jovens entre 8 e 14 anos participantes do curso de férias de três dias da Escola Wilma Kovesi de Cozinha.
Adorei a animação das crianças que faziam perguntas curiosas e não perdiam nenhum detalhe das explicações dadas por Silvia, Debora e Sabrina.
Quem as acompanhava era a professora da turma, Betty Kovesi, que se divertia como nós com as perguntas do tipo: você sabia que tatu bola é um crustáceo?
Eu disse que sim, sem saber disso e logo que cheguei em casa pude verificar no Google que a informação era correta.
O esperto jovem nos deu também a dica, " sálvia e manteiga dão um delicioso molho para massas".
Tão envolvido que era fazia pela segunda vez o curso e Silvia já podia fazer um prognóstico que aquele jovem daria um chefe "daqueles".
Mais tarde depois do tour entre ervas, minhocario, compostagem e entre minhocas e tatus bola foi servido um saboroso lanche com sanduíches, frutas, torrada com ervas, suco de couve com maracujá (genial) e um delicioso bolo de cenoura com chocolate acompanhado de chá de maçã com canela.
E, como última atividade e a mais legal de todas, foi a montagem de um vaso de erva para levar para casa, dentro de uma embalagem PET.
Dessa forma, de uma maneira lúdica e leve aprenderam sobre ervas aromáticas, sustentabilidade no jardim e na natureza além de se divertirem.
Para aqueles que perderam, a Betty nos informou que abrirá novas turmas em outubro (na semana do saco cheio) e nas férias de verão.
E, fiquem de olho nos diversos cursos que o viveiro proporciona ao longo do ano - o próximo de jardinagem gastronômica será dia 06 de agosto.





Essa é a Silvia Jeha, que detêm muito  conhecimento sobre ervas orgânicas e aqui para o Blog da Tutu ela nos  ensina como plantar uma erva dentro de um vaso PET




O tour pelo viveiro começou pelo berçário das mudas de ervas de uso culinário e medicinal;Silvia nos apresentou esse interessante saco para montar um canteiro de ervasBACSAC - ele existe em vários tamanhos e estão à venda no viveiro;



Essa é uma versão menor do BACSAC e na foto ao lado é apresentado uma outra opção de canteiro utilizando pneus que levam muito tempo para serem decompostos - a natureza agradece;



os lindos tufos de capucinhos, cujas as flores podemos decorar saladas. E vocês sabiam que suas folhas podem ser usadas para enrolar o charutinho árabe recheado com ricota e ervas? Débora nos contou que quanto mais amarela a flor, ela é mais picante;esses vasinhos com folhas que parecem salsinha , na verdade é cerefólio - erva ideal para temperar peixes, queijos e ovos.
Não tenho hábito de usá-la, mas sai decidida a introduzi-la na minha cozinha, além da segurelha - erva que é boa para prevenir contra os gazes provenientes de grãos;



adorei a forma como as mexericas forem apresentadas à mesa.
Sílvia falou que na sua casa as frutas são apresentadas de uma forma simpática - partidas ou já cortadas para que fiquem mais acessíveis.
uma das delicias que nos ofereceram no lanche foram as torradinhas de manteiga e ervas (já é um clássico do viveiro) que contêm manjericão, oregano fresco e seco, salsinha e cebolinha francesa além da manteiga;



aqui as meninas à mil e um finalizando o plantio dos vasinhos - algumas usaram luvas plásticas;
vejam só a alegria delas depois do trabalho cumprido;
que grupo mais bacana, cada um com seu vasinho na mão e todos prontos para por em prática tudo o que aprenderam no curso.
Na última foto da esquerda para a direita, no meio estão Sílvia, Sabrina e Tutu.
Nesse momento a Betty estava fotografando.Voltei de carona na vam das crianças com a Betty, muito feliz em ver e acreditar que é pela educação e plantio que as crianças começam a dar valor para aquilo que comem e dessa forma iniciam o aprendizado de como se alimentar melhor utilizando ervas aromáticas e respeitando à natureza.


ONDE
Sabor de Fazenda
Av. Nadir de Figueiredo, 395
Vila Maria - São Paulo
Tel. 11 2631 4915/11 2955 9400

Escola Wilma Kovesi de Cozinha
Rus Cristiano Viana, 224
Jardins - São Paulo
Tel. 11 3063 1592

  • fotos e filme de arquivo pessoal
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